sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Resultado Inédito?

Segundo esta notícia da Rádio Terranova, Miguel Fernandes congratula-se, em nome da Concelhia do CDS-PP do "resultado inédito" que o partido alcança com a eleição de 2 vereadores para a Câmara Municipal. Não sei se o lapso é da notícia ou do comunicado. É que convém lembrar que Aveiro foi durante várias décadas o principal bastião do CDS, onde este partido deteve várias maiorias absolutas na Câmara com Girão Pereira.

Fica feita a correcção.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Resultados Eleitorais - Autárquicas 2009

A nível distrital houve apenas 2 mudanças nas CM, mas ambas inesperadas. Paulo Teixeira perdeu em Castelo de Paiva por 8 votos e José Mota perdeu em Espinho por pouco mais de 100 votos. Nas contas totais entre partidos, não houve qualquer alteração no número de câmaras.
Uma palavra também para Mira, onde Rocha Almeida foi claramente derrotado pelo PS.
No concelho de Aveiro, a coligação Juntos por Aveiro reforçou a sua maioria na Câmara e na Assembleia, conquistou a Junta de São Jacinto e perdeu a de N. Sra. de Fátima.
Confesso que não esperava que a votação aumentasse de forma tão significativa. Mas parece-me, repetindo aquilo que parece começar a ser um lugar comum, que muitas das vitórias ou dos reforços de votação se conseguem porque os adversários trilham caminhos que inevitavelmente os levam a perder as eleições.
Terá sido isso que aconteceu em Aveiro, onde o PS fez várias campanhas eleitorais. As dos outdors (foram nitidamente 2 campanhas diferentes), a do candidato José Costa, a da concelhia do partido liderada por Raul Martins e as das Juntas em que o PS já governava lideradas pelos respectivos presidentes.
No final poucos terão entendido a mensagem e o resultado está à vista.
Os partidos da extrema esquerda terão tido os resultados normais em democracia, tendo-se verificado que o balão do BE se esvaziou rapidamente.
O MEP terá pecado por apenas ter apresentado lista à AM mas, mesmo assim, conseguiu uma votação interessante, insuficiente no entanto para eleger um deputado municipal.
Em conclusão, parabéns aos vencedores, a quem apresento os meus votos de que sejam capazes de trabalhar para que Aveiro seja o concelho que todos os Aveirenses anseiam, mas também parabéns aos vencidos, pois sem o seu empenho e interesse, muitos assuntos teriam ficado por discutir.
É altura de começar a retirar a propaganda (espero que sejam tão rápidos com foram a colocá-la) e, para quem tomou o gosto a fazer cruzinhas, restam-lhe os jogos da Santa Casa nos próximos anos.
Quanto aos assuntos internos dos vários partidos, inicia-se agora um novo ciclo de 4 anos que irá certamente motivar alterações de lideranças e novas estratégias. É importante que em cada um deles não se deixe de reflectir qual o futuro que se pretende para Aveiro e quem serão os protagonistas que deverão corporizar esse mesmo futuro.

Resultados eleitorais em Aveiro

Naturalmente, gostaria de deixar aqui tambem um comentário aos resultados de domingo passado em Aveiro.

Em primeiro lugar, queria dar os parabéns pela vitória à Coligaçao "Juntos por Aveiro", ao Presidente Elio Maia e aos presidentes concelhios do CDS-PP e do PSD. Inegavelmente, a estratégia low profile continua a resultar, e a vontade de lentamente arrumar as contas da CMA, sem grandes projectos mas também sem grande estratégia a longo prazo, cativou os eleitores.

A exigência, no entanto, é enorme. Não deverá ser ofuscada nem relativizada pela maioria conseguida. Há enormes carências na organização dos transportes públicos; há enorme indefinição na questão das parcerias publico-privadas; há a necessidade de fazer passar para a opinião publica que a privatização das aguas não é uma retirada de direitos à população, trazendo inclusivamente possíveis vantagens; há a parceria com a Universidade de Aveiro praticamente inexistente que é absolutamente necessário dinamizar; há a centralidade da cidade em torno da região; há a organização do turismo crescente na cidade, que urge determinar antes que seja tarde e se perca todo o potencial.

Há que também apontar os derrotados. Sem sombra de dúvidas, a estratégia do PS de Aveiro não foi aprovada pelos aveirenses. O clima intimidatorio e de acusações por onde entrou o PS local em tempo de pré-campanha não foi minimizado pelo marketing (inicialmente) muito interessante da campanha "Adoro Aveiro"; até aí, porventura, houve uma contradição fatal. Não se pode "adorar" Aveiro e depois acusar tudo e todos que possam tentar fazer algo pela cidade. De qualquer modo, ficou bastante claro que as figuras pouco carismáticas e pouco conhecidas do Povo, apesar do seu curriculo académico, não conquistaram a simpatia dos Aveirenses. É pena que não haja neste momento uma oposição estruturada à altura das necessidades da Cidade. Espera-se que o PS se possa reerguer e tomar a sua sua (o)posição natural.

Individualmente, José Costa e Raul Martins foram os grandes derrotados, a par de todo o BE (campanha paupérrima e resultados muito abaixo do esperado). Também a CDU teve um resultado pobre, embora não fosse expectavel que fosse muito melhor que há quatro anos. Do lado dos vencedores, claramente o PSD (que ganhou um vereador); Miguel Capão Filipe que assume um cargo de enorme prestígio, o qual penso ser ideal para as suas caracteristicas e percurso na vida autarquica e publica; Miguel Fernandes, que conseguiu a eleição como vereador apesar do apoio de Vitor Silva ao PS; e, naturalmente, Elio Maia, que viu confirmada e ratificada pelo povo as medidas e estratégia que tem vindo a promover.

A todos os eleitos, espero que cumpram o dever de defender a Cidade acima de tudo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pouco Aveiro

Tal como a maioria dos portugueses, acompanhei a noite eleitoral pela televisão. Através de um zapping entre RTP e SIC, a primeira conclusão a que chego é o facto de Aveiro se encontrar gradualmente a perder peso político. Foi bem visível como, quer o Concelho, quer o Distrito, foram praticamente negligenciados na noite eleitoral das televisões em Portugal. Diria mesmo que ao nível das capitais de distrito Aveiro terá sido a capital menos referida de todas! Viamos em rodapé notícias sobre Lisboa e Porto (claro), mas também Coimbra, Viana do Castelo, Braga, Viseu, Faro, Beja, Leiria, Bragança, todas menos... Aveiro. Apenas pelas 21h00, 2 horas depois do fecho das urnas, começamos a ter algum feedback dos resultados eleitorais. Muito pouco...

Este facto é a todos os níveis lamentável. E não se trata (só) de um sentimento bairrista. Aveiro é do ponto de vista económico uma das principais regiões do país. Apresenta um tecido empresarial que é o terceiro no ranking do IAPMEI (no que se refere a PME's excelência), só atrás de Lisboa e Porto. Há muito tempo que se fala na GAMA (Grande Área Metropolitana de Aveiro), e creio ser tempo das forças políticas locais (todas elas), dos diversos concelhos, assumirem o desafio de re-colocar Aveiro no centro das decisões políticas a nível nacional. Vemos o exemplo da luta que o Porto, em conjunto, tem vindo a fazer. Bem sei que é uma obra que não se vê, mas acredito que o poder local tenha uma dimensão bem mais alargada do que a simples construção de estátuas ou rotundas.

Ponto quase final

Ainda antes de um comentário aos resultados em Aveiro - concelho e região - deixo aqui os meus parabéns a todos os vencedores das eleições de ontem e também a todos os que, não tendo ganho, lutaram pelas suas causas e por projectos alternativos para as suas terras.
Que os vencedores saibam governar e que os vencidos saibam ser oposição construtiva, é o meu desejo.

domingo, 11 de outubro de 2009

Resultados Finais

Élio Maia vence com clareza eleições autárquicas. Aqui ficam os resultados finais:

Câmara Municipal
PSD/CDS-PP: 53,79% (6 vereadores)
PS: 33,12% (3 vereadores)
BE: 5,07% (0 vereadores)
PCP: 3,66% (0 vereadores)

Assembleia Municipal
PSD/CDS-PP: 52,93% (16 deputados)
PS: 29,14% (8 deputados)
BE: 6,66% (2 deputados)
PCP: 4,42% (1 deputado)
MEP: 2,32%

As conclusões ficarão para uma fase posterior.

sábado, 10 de outubro de 2009

A caravana passa e faz barulho!

Porque é que era uma da manhã de sábado (10 Outubro) e ouvia buzinas de carros que nunca mais se calavam? Não deviam respeitar a hora de silêncio, senhores que participam em caravanas políticas? Não é a partir da meia noite que cessam as campanhas e entramos em momento de reflexão? Se calhar as buzinas continuavam a ouvir-se, por se imaginar que os eleitores não querem, nem vão, entrar em momento de reflexão. Ninguém gosta de ficar deprimido e angustiado ao fim de semana...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Tarde e a más horas

A informação chegou tarde. Só ontem recebi na minha caixa de correio a informação relativa aos candidatos à Junta de Freguesia de Esgueira e respectivos programas, e à Câmara Municipal de Aveiro, também acompanhada do programa. Isto faz-me acreditar que por mais interessado que alguém esteja neste tema não consegue ler tanta informação em tão pouco tempo. Da míngua passa-se ao excesso quando já não há tempo para isso e o efeito útil pretendido fica pelo caminho. Quem quis saber com antecedência as ideias das candidaturas, procurou. No caso da maioria, tantas vezes alheia a estas questões, continuou ignorante das opções oferecidas.

Arruada na Avenida!

A campanha do PS aposta numa arruada pela Avenida Lourenço Peixinho, poucas horas antes de fechar o período oficial de campanha. Destaque para a qualidade dos materiais promocionais que são entregues. Brochuras a cores, em papel grosso, autocolantes e flyers. O PS faz um forte investimento financeiro nesta campanha, seguramente bem distante do da coligação PSD/CDS. Ah, e milagre! Os erros aqui enunciados despareceram! Já não há sombras de José Costa espalhadas pela fotografia.

Fim de campanha

A campanha está a chegar ao fim. Infelizmente, nesta segunda semana, não tive oportunidade de deixar aqui no Senado mais algumas opiniões sobre o que se passou em Aveiro.
Mas vejo, via Facebook, que há muita desilusão quanto ao facto de nos debates se ter falado muito do passado e pouco do futuro.
Naturalmente que, só quem vive fora do mundo real, pode pensar o futuro sem saber o presente, e o presente tem a ver apenas e só com o passado.
É muito fácil falar de projectos para a Avenida, de orçamento para a cultura, de relvado sintéticos para o futebol, etc. etc, se partirmos do zero.
Já houve quem o fizesse a nível empresarial, encerrando empresas deficitárias para partir de novo com o balanço a zero.
Mas, a nível municipal isso é impossível.
A gestão dos recursos, financeiros e não só, tem de partir da realidade existente.
As opções que quem está no poder faz quanto a esses recursos, são escrutinadas nas eleições.
Votamos não apenas nos programas para o futuro mas também, muito vezes de uma forma mais relevante, no cumprimento que foi feito daquilo que nos prometeram no passado.
Apenas em laboratório é possível evitar esta realidade e trabalhar em ambientes controlados.
Mas, infelizmente, aqueles que fazem dos laboratórios a sua vida (e que também são necessários), muitas vezes constipam-se assim que de lá saem, e por esse motivo não querem assumir o desafio de passar da teoria à prática.
Votos de uma boa reflexão.

Comparação de Manifestos Jovens

Finalmente, no dia 8 de Outubro tive acesso ao manifesto eleitoral da JS de Aveiro.
Gostaria que fizessem o exercicio de comparar o da JS com o da JSD.
Ficam os links:

Crise também na informação?

Parece que a crise chega a todo o lado, até aos meios de comunicação social. Estando as televisões nacionais com as suas atenções focalizadas nas guerras autárquicas entre Lisboa e Porto, como é que nós, comuns cidadãos de uma cidade como Aveiro, podemos ter acesso a informação sobre a campanha? Como é que hoje, sexta-feira, não é publicado num jornal como o Diário de Aveiro qualquer sondagem? O pior é que nem hoje, nem durante qualquer dia da presente semana. Sinceramente, não acho normal. Das duas uma: ou os nossos meios de comunicação social esqueceram-se das eleições, ou então os resultados das sondagens não estão a agradar alguém. O que não é normal é não termos a mínima noção de que resultados podemos vir a ter no próximo Domingo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Infelizmente, há mais dias assim...

Inundações consequentes da primeira precipitação intensa em período pós-estival, intervenções públicas mal executadas e delapidação de património...é este o conjunto de cenários noticiados num só dia. E para todos eles há uma responsabilização a apontar à classe política executiva.
No primeiro caso, tanto a desculpa de ser um problema recorrente em várias cidades como a de ser um problema cujos factores naturais são incontroláveis não são toleráveis...este é um problema fruto da acção antrópica, e a recorrência histórica destas inundações em pontos críticos é a demonstração do puro laxismo da classe política executiva em tomar medidas para uma efectiva mitigação do factor de risco de inundações, continuando a persistir a casmurra estratégia do desenrasque perante a crise. E há de facto várias medidas de mitigação a inundações que podiam ser executadas...
No segundo caso, a pura incompetência no planeamento e execução de intervenções públicas é gritante, enquanto no terceiro a ausência de diálogo e colaboração inter-institucional aliado à forte negligência é de lamentar...
Todas estas consequências, com prejuízo claro para o quotidiano dos munícipes e para a sua qualidade de vida, são a verdadeira cara do que está mal ao nível da administração local e principalmente dos seus orgãos executivos, que se exigem competentes, empenhados, empreendedores e inovadores, mas se revelam muitas vezes gestores apenas das suas ambições pessoais e carreiras políticas, em detrimento do que deveria SIM ser a sobreelevação e honra de poder estar num cargo onde não se podem descurar as obrigações e responsabilidades inerentes a um cargo de representatividade.

E a resposta da JSD`...

Aqui está uma ESTÓRIA que a JSD Aveiro utiliza como resposta ao Dr. Raul Martins.

Já não há dívidas ?

Dizem que o "cobrador do fraque" já não pára à frente da CM de Aveiro. É justo dizer que as dívidas ficaram mais arrumadas, com os empréstimos bancários. Mas não haja ilusões, o serviço da dívida continua lá. E ter dívidas a fornecedores, apesar de imoral - que o é, sem dúvida - tem uma vantagem: há margem de negociação. Com a dívida essencialmente a instituições de crédito, não há fuga possível. Há que pagar. E não pagar a uma IC não é a mesma coisa que fugir ao pagamento a fornecedores, as consequencias são piores, talvez por isso nem sequer seja preciso um cobrador... as garantias são dadas de outra forma...

Mas para que não subsistam dúvidas, a alocação da dívida a IC foi sem dúvida uma medida essencial para iniciar a resolução do problema.