quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Promoção regional





As imagens que acompanham este post correspondem às montras da Loja de Turismo da Câmara de Bolonha.
Apresentam a promoção da cidade (e da região) através de alguns dos seus símbolos mais conhecidos a nível mundial, e promovendo a venda do respectivo merchandising.
Ducati, Virtus Bolonha (basquetebol), Bolonha (futebol), Universidade de Bolonha e Ferrari são marcas da região que o município não se envergonha de promover.
Será que em Aveiro poderemos esperar ver umas montras semelhantes?

Empresas e promoção regional (II), Sons em Trânsito

No seguimento do que aqui escrevi ontem sob o mesmo título, hoje tive a oportunidade, ainda em Bolonha, de ver um exemplo prático do que sugeri.
A Associação Turca de Indústra Cerâmica ofereceu à cidade de Bolonha dois concertos, na praça principal da cidade, do músico Mercan Dede.
O espectáculo foi apresentado pela Vereadora da Cultura de Bolonha que referiu que eventos deste tipo são os que melhor permitem aproximar cidades e culturas diferentes.
Ao ver o espectáculo, tive saudades do Sons em Trânsito.
Era um evento que trazia a Aveiro, através da música, a cultura das mais variadas proveniências. E com espectáculos fantásticos que ficaram na memória de quem os pode apreciar.
No ano passado, o evento foi anulado por falta de apoios financeiros. O Diário de Aveiro dava a notícia e avançava a possibilidade de, em 2009, o SET voltar integrado nas festas dos 250 da Cidade de Aveiro.
Parece, pelo que se pode ver quer na programação dos 250 anos, quer na do Teatro Aveirense, que também não haverá SET em 2009.
É pena que se percam hábitos que já estavam enraizados na programação cultural aveirense. Concordo que a situação financeira que se atravessa não deve deixar margem para grandes festivais mas, será que dentro da programação do TA não se consegue arranjar espaço para uma versão reduzida do SET - um fim-de-semana, por exemplo - para que, quando passar a crise, se possa voltar sem problemas ao formato anterior?
Fica a sugestão e a esperança de podermos voltar a ter, em breve, o SET em Aveiro e também um exemplo daquilo a que puder assistir esta noite.

Campanha eleitoral à distância (II)

Através do site Notícias de Aveiro, podemos consultar aqui o programa da coligação Juntos por Aveiro e aqui o programa da CDU.

Só uma achega sobre o empréstimo da CM


Na altura que se falou deste empréstimo da CM, novela que tento seguir atentamente (apesar de não ser dado a novelas), tirei a liberdade de fazer uma simples análise...ora se as 2 propostas de empréstimo eram:
-uma taxa anexada à euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 0,64%
ou
-uma taxa fixa de 5,9%
...deduzi que uma análise ao histórico desta taxa da euribor seria ponto de partida para verificar qual a proposta mais ao interesse do meu Município. Perdi 5 minutos na altura (hà uns meses largos, e fui ao "baú" para colocar aqui) e verifiquei que o gráfico resultante me dizia claramente que NUNCA a taxa euribor a 3 meses, mesmo acrescida de 0,64%, tinha atingido 5,9%.
O executivo decidiu a taxa fixa. Dizem que foi decisão do Vereador das Finanças.
Bem, depois de ver a quantidade de áreas em que este coitado era Vereador, percebi que deve ter sido sobrecarga de trabalho, e não incompetência.

Saudações!

Em primeiro lugar, felicitar-te Carlos por esta iniciativa...este blogue era uma ideia muito interessante, e não hesitaste em por em prática. Vamos a isto!
Em segundo felicitar todos os que aqui venham a contribuir para a já denominada massa crítica aveirense.
Em último lugar, "auto-dispenso-me " de uma "auto-apresentação", deixo isso ao interesse do meu perfil. Convém apenas referir que sou um Aveirense interessado e preocupado com a cidade que ADORO. Acho que está tudo dito. :)

Ainda o Emprestimo a taxa fixa

Élio Maia agora prefere taxa variável no empréstimo bancário de saneamento das contas municipais, para "não encontrar surpresas".

Infelizmente, tanto o timing anterior de fixação de taxa, com o actual revelam-se catastróficos em termos de decisão.

No timing anterior, as taxas de juro estavam em máximos históricos, os spreads que medem o risco de crédito já estavam bem largos e a perspectiva era de queda abrupta de taxa. A escolha foi a pior, e era óbvia.

No timing actual, sendo que conceptualmente a taxa variável é a mais correcta, se tivermos em conta que não é normal que a CMA tenha competência técnica para gerir um portfolio de risco de taxa de juro; no entando, neste momento, apesar das taxas estarem em mínimos, a probabilidade de subirem no curto prazo é, no mínimo, de considerar. Para além disto, o risco de crédito está em minimos de um ano, pelo que o renovar do depósito em nada melhora o já acordado anteriormente.

Resta saber :

1. Quem é o culpado pelo erro de gestão na escolha da taxa fixa do passado.

2. Quanto custou esse erro.

3. Que comissões vao ser cobradas pela mundaça de ideias.

4. Qual a justificação para esta mudança de opinião (ok, as taxas estão baixas, e nos próximos 12 anos? qual é a perspectiva da CMA fazer face ao serviço da dívida a taxas mais elevadas, por outras palavras, num worst case scenario seria a CMA capaz de fazer face a taxas elevadas ?)

Manifesto de intenções

Apesar de já estar na blogosfera desde 2004, este é o primeiro projecto em que entro com um fim à vista. Ao receber este convite para "senador", encarei-o como uma oportunidade de discutir Aveiro, e de, se possível, dar um pequeno contributo à discussão sobre os próximos 4 anos de governação autárquica.

Aveiro é e sempre foi a minha cidade. Aqui cresci, estudei e hoje trabalho. Mais do que gostar de Aveiro, acredito que Aveiro tem um enorme potencial para ser uma cidade de referência no país. Sem os constrangimentos de uma cidade como Lisboa ou Porto, mas que consiga estar na vanguarda do progresso económico, conciliando oportunidades de evolução profissional com qualidade de vida.

Sem qualquer tipo de filiação partidária, não escondo a minha especial simpatia pela orientação ideológica do CDS. Este facto não não me inibe de concordar com medidas apresentadas pelos outros partidos, ou de discordar de solução avançadas pelo CDS. Sempre me causou muita confusão o fanatismo politico, como se tudo aquilo que um partido disser é o correcto e inquestionável, e o que os restantes avançarem ser o "esgoto" ideológico. Como é lógico, tento sempre votar em consciência. Mesmo que isso implique votar num partido que não aquele que me punha com 6 anos a fazer campanha num carro que subia e descia a Avenida, ou me fascinava por encher o Teatro Aveirense num simples comício. Longe, bem longe vão esses tempos...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aveiro, Cidade Devoluta?

Antes de mais, gostaria de agradecer ao Carlos a oportunidade, de partilhar os meus ideais e ilusões que tenho para Aveiro.
Neste primeiro post, vou referir-me ao que penso que seja um dos maiores problemas da cidade de Aveiro, a desertificação da zona da Avenida e Beira-Mar. Durante o dia todos conhecemos a movimentação na Avenida Dr. Lourenço Peixinho e no Bairro da Beira-Mar, porém se olharmos com atenção para os edifícios e habitações, podemos verificar que grande parte destes está desabitada e à venda. Grande parte destes imóveis está a degradar-se a cada dia que passa, qual será a melhor forma de acabar com esta praga?
Sei que este problema é mais complexo do que como o estou a pintar, porém de uma forma simplista penso que a solução passa pelo agravamento do IMI, nos imóveis em que se saiba que os proprietários detenham possibilidades de o restaurar. Outra solução possível seria a criação de um incentivo especial para o arrendamento jovem nestes imóveis.

Aveiro, a cidade da tecnologia (II)

Há alguns anos, Porter fez um estudo interessante para avaliar as potencialidades da economia portuguesa. Entre outra coisas, concluiu que a melhor forma de ultrapassar a localização geográfica periférica e a falta de economias de escala, a solução devia passar pela criação de clusters.

Mesmo admitindo algumas falhas nesse estudo, não posso deixar de pensar que Aveiro como polo de uma região e com uma Universidade com valências e potencialidades infraestruturais e humanas de inegável qualidade, não consiga maximizar esta vantagem comparativa.

Qualquer política local que não passe pela estreita ligação com a Universidade de Aveiro, é uma política que está a esquecer um dos maiores potenciais de crescimento da Cidade e é, portanto, uma política ineficiente e incompetente. A ligação da Cidade com a Universidade tem que obrigatoriamente passar por criação de sinergias importantes entre as entidades, que potenciem a criação e atracção de investimentos importantes na área onde a Universidade de Aveiro é mais forte. Lembro-me, logo à partida, da área da tecnologia, da mecanica industrial e do design. Todos sectores onde Portugal é francamente deficitário e sectores de enorme criação de mais valias e valor acrescentado.

Porque me preocupo

Não tendo qualquer ligação com qualquer partido político, é com alguma curiosidade que aceitei participar nesta discussão sobre os rumos que a minha cidade toma. O facto de não ter qualquer cartão que me distingue em termos políticos não me faz uma pessoa mais ou menos preocupada com as decisões que vão sendo tomadas em Aveiro. Porque me preocupo, porque sou crítica, porque tenho opinião própria e porque penso de forma profunda sobre o que aqui acontece vou seguir com atenção. Com a juventude e rebeldia que me caracterizam!

Aveiro, a cidade da tecnologia

Quando este blog foi criado, pensei que já fosse tarde para a campanha, e a minha primeira ideia para um dos primeiros posts era precisamente fazer o que o Jorge Greno acabou de postar, isto é, colocar os links dos diversos programas eleitorais. Nunca me passou sequer pela cabeça que não estivessem disponíveis a menos de duas semanas das eleições, com a honrosa excepção do PS.

Fica aqui a garantia que vou ler atentamente os programas dos principais partidos (estou a incluir o BE e o PCP, naturalmente) e, obviamente, fazer as devidas críticas. Apenas dei uma leitura rápida ao programa do PS e à primeira vista, pareceu-me, pelo menos, bem estruturado.

Campanha eleitoral à distância

Aproveitando o facto de não estar em Aveiro, procurei nos sites das candidaturas à Câmara Municipal de Aveiro o programa de cada uma delas.
É o que certamente irá fazer quem, votando em Aveiro, esteja fora do concelho até à data das eleições.
O panorama que verifiquei é triste.
A coligação Juntos por Aveiro (PSD/CDS) anuncia no site que o seu programa foi hoje apresentado às 11 da manhã. Pena é que até agora, 11 da noite, ninguém se tenha dado ao trabalho de o disponibilizar a todos quanto o queiram conhecer através da internet.
O PS, já tem o trabalho feito. Do seu site de candidatura é possível descarregar o programa.
Quanto às candidaturas do PCP e BE, começam por não ter, ou pelo menos eu não encontrei, sites dedicados à candidatura autárquica ao concelho de Aveiro. E nos respectivos sites distritais, nada consta sobre os objectivos que movem cada um dos partidos a concorrer à Câmara e restantes órgãos autárquicos.
Esperemos mais uns dias (poucos) para ver se conseguimos ter acesso a esta informação.

Empresas e promoção regional

Encontro-me neste momento em Bolonha, onde decorre a Cersaie, uma das principais feiras mundiais do sector da cerâmica para a construção e da decoração de casas de banho.
No catálogo da feira podem encontrar-se 14 expositores com origem em Portugal, havendo mais um, representado através da sua sucursal italiana, que para todos os efeitos considero com sendo português.
Destas 15 empresas, 5 têm a sua sede no concelho de Aveiro (Aleluia, Kerion, Love Ceramic Tiles, Oliveira & Irmão, Sanindusa), outras 9 no distrito (Cinca, Dominó, Goldcer, Gresart, Margrés, Pavigrés, Recer, Revigrés e Topcer) e apenas 1 em Coimbra.
Aveiro e o seu distrito são efectivamente a capital portuguesa da indústria cerâmica para a construção, cujas empresas estão presentes nas maiores feiras a nível internacional, exportam para todo o mundo e têm clientes das mais variadas origens.
Será que não há aqui um potencial para promoção de Aveiro (cidade e região) como destino turístico?
Será que em conjugação com as Câmaras Municipais e a Comunidade Inter-Regional de Aveiro, estas empresas não poderão ajudar à divulgação de Aveiro, para além da divulgação que fazem dos seus produtos?
Fica aqui este registo do potencial económico de um sector económico importante para o nosso concelho e região e estas duas questões que devem ser equacionadas por quem de direito.

Senador, eu?

Fui convidado para fazer parte deste Senado.
Nunca tinha pensado que pudesse ser senador por convite. Mas, como o convite me pareceu interessante, aceitei.
Para aqueles que conhecem a minha maneira de pensar, julgo que não é novidade eu ir estando por aqui.
Para os que não me conhecem tão bem, quero deixar aqui uma palavra sobre aquilo a que me proponho nesta casa.
Aveiro é um dos assuntos que mais me interessa. É a minha cidade, onde nasci, vivo e trabalho. Naturalmente que pretendendo o melhor para Aveiro, pretendo o melhor para mim, para a minha família e os meus amigos, e também para todos aqueles que aqui vivem ou trabalham.
Procurarei ir dando a minha opinião sobre a campanha eleitoral que agora se inicia, sem qualquer compromisso de fidelidade com o partido a que pertenço - o CDS - e sem qualquer intenção de criticar, apenas por criticar, todos aqueles que têm outra opinião política.
Daí que por aqui possam eventualmente surgir comentários favoráveis aos que, de momento, são oposição, bem como críticas aos que estão no poder e de cuja equipa me orgulho de ter feito parte em metade do mandato que agora termina.
E sendo esta a minha maneira de pensar, naturalmente que comentários de eventuais leitores serão benvindos e, se o justificarem, respondidos.

Bem-vindos ao Senado de Aveiro

O Senado não é necessariamente um grupo de conselheiros com muita experiência de vida, que já tudo conquistaram, já tudo discutiram e que detém a razão e a verdade absoluta.

O Senado pode e deve ser um espaço de discussão.

O Senado pode e deve ter juventude.

O Senado pode e deve ser rebelde e construtivo.

O Senado pode e deve provar que há massa crítica, neste caso, em Aveiro.

O Senado pode e deve demonstrar que há quem se preocupa.

O Senado pode e deve ser mostrar que ser Aveirense não implica ser provinciano.