quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ainda o Emprestimo a taxa fixa

Élio Maia agora prefere taxa variável no empréstimo bancário de saneamento das contas municipais, para "não encontrar surpresas".

Infelizmente, tanto o timing anterior de fixação de taxa, com o actual revelam-se catastróficos em termos de decisão.

No timing anterior, as taxas de juro estavam em máximos históricos, os spreads que medem o risco de crédito já estavam bem largos e a perspectiva era de queda abrupta de taxa. A escolha foi a pior, e era óbvia.

No timing actual, sendo que conceptualmente a taxa variável é a mais correcta, se tivermos em conta que não é normal que a CMA tenha competência técnica para gerir um portfolio de risco de taxa de juro; no entando, neste momento, apesar das taxas estarem em mínimos, a probabilidade de subirem no curto prazo é, no mínimo, de considerar. Para além disto, o risco de crédito está em minimos de um ano, pelo que o renovar do depósito em nada melhora o já acordado anteriormente.

Resta saber :

1. Quem é o culpado pelo erro de gestão na escolha da taxa fixa do passado.

2. Quanto custou esse erro.

3. Que comissões vao ser cobradas pela mundaça de ideias.

4. Qual a justificação para esta mudança de opinião (ok, as taxas estão baixas, e nos próximos 12 anos? qual é a perspectiva da CMA fazer face ao serviço da dívida a taxas mais elevadas, por outras palavras, num worst case scenario seria a CMA capaz de fazer face a taxas elevadas ?)

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